sexta-feira, 31 de outubro de 2008

• Desejos Ocultos - Cap. 2

Por trás de um Beijo

Kiba estacionou o carro em frente à casa de Hinata. Galanteador, abriu a porta para as duas saírem. Como forma de agradecimento, Hinata não pode deixar de perguntar:
- Gostaria de entrar? – Kiba disse ‘sim’ com a cabeça.
Hinata abriu a porta e Sakura, segurada por Kiba, cambaleou ao entrar em casa. Estava com uma forte tontura, mal conseguia ficar de pé. Hinata pediu para que ele a levasse ao banheiro.
- Vou pegar uma toalha. Acho que um banho vai ajudá-la a melhorar essa ressaca.
- É uma boa idéia.
Kiba, colocou Sakura sentada na tampa do vaso sanitário. Agachou-se, pedindo licença, e tirou suas sandálias. Pegou sua bolsa que estava caída no chão e levantou-se. Pretendia pendurá-la em um cabide. Achou o cabide de madeira. Foi quando viu o sutiã de Hinata ainda pendurado. Se sentiu um pouco encabulado, e por isso resolveu virar para Sakura. Talvez se ela não tivesse visto a cena, não falasse nada para Hinata. E ela não viu. Se sentiu mais aliviado. “Mas, como explicar a sandália e a bolsa penduradas no cabide?” – Pensou. “Talvez fosse melhor deixá-las no chão”. Estava decidido. Ergueu a mão, na tentativa de pegá-las novamente… foi quando Hinata apareceu à porta, dizendo:
- Está aqui a toalha e… – E ficou pasma.
A cena não foi pouco constrangedora, mas Hinata tentou agir com naturalidade, mesmo assim. Respirou fundo e disse:
- Eu… vou dar um banho nela… Se quiser esperar lá na sala…
- Eu prefiro, se não for incomodar.
- Não incomoda. – Tentou amenizar a situação soltando um sorriso sincero e envergonhado ao mesmo tempo.
Deu certo. Kiba não se sentia mais tão sem graça pela situação. Foi para a sala, sentou-se no sofá. E ouviu uma voz baixa dizendo:
- Ah! Se quiser ligar a televisão, sinta-se a vontade.
- Não é preciso, muito obrigado.
Hinata levou Sakura para debaixo do chuveiro. Abriu a torneira e procurou deixar a água bem gelada cair sobre a amiga, ainda com roupa, até que estivesse em condições, de pelo menos, ir para o quarto de hóspedes sozinha.
- Hina, desculpe pelo papel ridículo que fiz… estraguei sua noite com o bonitão.
- Xiiiu… - Disse Hinata olhando para trás. – Ele ainda está aqui.
- Me vendo neste estado?
- E o que tem de mais? Todo mundo já tomou um porre uma vez… - Riu.
- Isso me tranquiliza tanto… - Ironizou com um sorriso lateral.
***
Sakura saiu do banheiro primeiro, com uma toalha na cabeça e outra cobrindo as costas.
- Se rir do pintinho molhado aqui, eu juro que te mato. – Brincou com Kiba, se dirigindo ao quarto de hóspedes.
- Então é melhor eu ficar quieto. – Riu, aceitando a brincadeira.
- Vou dormir. Boa noite.
Sakura passaria esta noite na casa de Hinata. Não tinha condições de voltar para a casa dela. Como havia telefone no quarto de hóspedes, ligaria de lá para seus pais.
Hinata saiu do banheiro minutos depois, deixando o sutiã ainda no cabide, mas desta vez, fechando a porta. Sabia que se saísse de lá com ele na mão, a situação apenas ficaria mais constrangedora, uma porque, pensava ela, o jogo havia terminado.
Kiba esperou que ela se sentasse junto a ele no sofá para falar:
- Desculpe q… - Pigarreou. – q-qualquer coisa.- Respirou e abaixou a cabeça. – Desculpe. Eu nem sei o que dizer.
- Não precisa ficar assim. Não tinha como saber. Mas se contar isso para alguém eu ajuda a Sakura: Te corto em pedacinhos. – Sorriu.
- Não será preciso.
- Acho bom. – Disse intimidando.
Por um tempo o silêncio reinou, até que Hinata levantou-se e foi em direção à cozinha.
- Aceita uma bebida? Tenho cerveja na geladeira.
- Sim, obrigado.
Kiba estava sentado no sofá de 3 lugares. Virou-se de forma que seu braço esquerdo ficasse no encosto superior e suas costas no ‘braço’ do sofá. Dobrou sua perna para o acento e olhou-a abrir a geladeira. Hinata, ainda com o vestido vermelho colado ao corpo, inclinou-se para pegar as latinhas. Kiba sentiu-se esquentar ao ver as formas delineadas de Hinata, daquele jeito. “Que mulher bem feita, meu Deus” – Pensou, enquanto a via levantar-se e fechar a porta da geladeira.
Hinata entregou-o uma latinha e pediu para que segurasse a dela, enquanto trocava de roupa. Foi andando a seu quarto. De onde ele estava sentado, podia vê-la caminhando, rebolando… “Ah! Aquelas formas… Que mulher perfeita!” – Pensava.
Hinata sentou-se na cama para tirar as sandálias. Separou uma roupa simples: Uma blusa leve, de alça e um short curto que tampava até a metade de sua cocha. Fechou a porta. Iria se trocar.
Na mente de Kiba só estava um pensamento: ela se trocando. Até que Hinata saiu do quarto vestindo uma blusa rosa e um short branco. Kiba, a princípio ficou hipnotizado. Mas tentou voltar ao seu normal. Não conseguiu.
Hinata sentou-se ao lado dele. Pegou a cerveja de sua mão, relando-a sem querer. Por um instante o mundo parou. Os dois olhos se chocaram. Kiba soltou um sorrisinho e disse:
- Onde a gente tinha parado mesmo?
Hinata mordeu o lábio e aproximou-se, vagarosamente, dos lábios dele:
- Aqui. – E beijou-o.
Ao terminarem o beijo, tiveram uma sensação que não esperavam. Olharam um para o outro e assim permaneceram, estáticos, com um meio sorriso no rosto e um brilho tímido no olhar.
Hinata deu seu primeiro gole na cerveja e Kiba olhou-a beber. Não conteve a pergunta:
- E então? Este era o objetivo?
- Objetivo? - Fez-se de desintendida.
- Eu não sou bobo, Hinata. "O objetivo era seduzir", sua amiga disse. Fiz parte de um jogo, não foi?
Hinata corou. Abaixou seus olhos, arrumou-se no sofá e antes que pudesse responder, Kiba começou a rir.
- O que deu em você? – Perguntou curiosa.
- Desculpe. É que achei engraçado.
- Ser usado? – Perguntou inocente.
- Visto por esse ângulo, não. – Respirou fundo. Achou que devia, também, uma explicação. – Mas, visto pelo fato de nós dois termos jogados, acho que podemos dizer aos nossos amigos que ganhamos, pelo menos. – E soltou uma gargalhada envergonhada, mas sincera.
Hinata ficou perplexa com a declaração. Mas, entrou na “dança”, desatou a rir também.
- Vem cá… - Interrompeu Kiba. – Não é que eu não tenha gostado do beijo e não te ache maravilhosa, - Hinata riu abaixando a cabeça e com um olhar lateral deu uma piscadela, como quem agradecia os elogios. - …mas, você sentiu o mesmo que eu?
- Como vou saber que senti o mesmo que você, se não sei o que sentiu?
- Você não sentiu prazer, não foi?
Hinata riu.
- É. Acho que não ouvi meu coraçãozinho acelerar. – Deu um sorrisinho de quem entendeu a reciprocidade.
- Acho que tinha alguma coisa naquela cerveja. – Riu.
- Ou seria nos espetinhos?
- É verdade… os espetinhos. – Kiba olhou-a por uns segundos, deixando-a um pouco sem graça. – Eu tinha gostado de você, sabia? Cheguei mesmo a te querer.
- Eu também.
- E… é uma pena que a noite tenha começado tão bem e terminado desse jeito.
- Engano seu. A noite não precisa terminar desse jeito. Talvez, só talvez… o beijo tenha sido estranho, porque nós dois sabíamos que estávamos apenas jogando.
Kiba entendeu o que ela queria dizer.
- Então vem cá, vamos testar essa teoria. – Hinata concondou, e então ele a beijou, novamente. Desta vez, sem ninguém ditar as regras. Estavam livres.
E se sentiram assim pela noite toda.

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4 comentários:

Unknown disse...

Amei
mas sinceramente vc
tem que terminar
não me aguento de curiosidade

Unknown disse...

mas pela amor de Dedeus continua esse.. to morrendo de curisidade
termina viu.
beijos

Larissa Tomé disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa Tomé disse...

Oi , gostei muito da historia, poorfavor faz a continuação do cap.2,
um cap 3 ou ate quem sabe um 4, 5 kk
gostei muito , parabéns.